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  • 2 de maio de 2024

Projeto do curso de Psicologia discutiu perdas decorrentes da pandemia de Covid-19

<p><em>Grupo de apoio teve como objetivo acolher e discutir as experiências de perdas de pessoas e vínculos</em></p>

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<p>O projeto “(Re)colher cacos e partilhar afetos: grupo de apoio a vivências de perdas na pandemia” teve como objetivo acolher e discutir as experiências de perdas de pessoas e vínculos decorrentes da pandemia da Covid-19 e do isolamento social. Partiu-se do entendimento de que estamos passando coletivamente por um intenso e longo processo de luto: a vivência de que algo ou alguém que estava por perto já não mais está presente. Processo este que demanda acolhimento e tempo para que ele possa ser elaborado social e individualmente.</p>

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<p>Ao longo do ano, as professoras passaram a notar diversas dificuldades expressadas por alunas, e muitas delas estavam relacionadas a perdas de familiares, ao isolamento social e outras questões afetivas. Pensando que a Psicologia é uma ciência que busca acolher subjetividades, trata diretamente com assuntos relacionados a saúde mental, tornou-se urgente pensar em estratégias de apoio que fossem possíveis de serem executadas de forma remota, mas não distante. Assim, foram iniciadas as atividades do grupo que contou com 7 encontros e a média de 30 participantes, para além das professoras coordenadoras e idealizadoras Beatriz, Daniele, Greicy e Thais.</p>

<p>Durante os meses de julho a novembro, o grupo se reuniu, de maneira remota, para compartilhar suas experiências. A cada módulo havia um tema disparador de discussão: “Coletivizando nossas angústias: o exercício da empatia”, luto e expressões artísticas, tais como a Literatura e o Cinema. Ao final do projeto fora proposta a montagem de um memorial construído juntamente com as participantes, alunas e professoras. </p>

<p>Segundo as participantes e professoras, o grupo foi se construindo como uma potente estratégia coletiva de enfrentamento e partilha de sentimentos e vivências relacionadas à perdas e fragilidades oriundas do contexto da pandemia. Em suma, configurou-se como um espaço seguro de trocas, escuta e aprendizado entre aquelas pessoas que foram direta ou indiretamente afetadas pela Covid-19.</p>

<figure class="wp-block-image size-large"><img decoding="async" loading="lazy" width="1024" height="485" src="https://blog.grupointegrado.br/wp-content/uploads/2021/11/3-1-1024x485.jpeg" alt="" class="wp-image-830" srcset="https://blog.grupointegrado.br/wp-content/uploads/2021/11/3-1-1024x485.jpeg 1024w, https://blog.grupointegrado.br/wp-content/uploads/2021/11/3-1-300x142.jpeg 300w, https://blog.grupointegrado.br/wp-content/uploads/2021/11/3-1-768x364.jpeg 768w, https://blog.grupointegrado.br/wp-content/uploads/2021/11/3-1.jpeg 1280w" sizes="(max-width: 1024px) 100vw, 1024px" /></figure>

<p>Para a acadêmica do 10º período de Psicologia, Taline Carolaine, participar do projeto foi uma experiência muito importante. “Fazer parte do ‘caquinhos’ foi algo tão especial e tão significativo em minha vida, entrei nele em um momento tão frágil de perdas pela Covid-19, precisando exatamente dessa acolhida e escuta, que só tenho que agradecer por ter recebido isso dos meus professores e amigos”, contou a estudante.</p>

<p>Segundo Ana Laura, acadêmica do 8º período, a participação no projeto fez com que suas perdas fossem compreendidas e acolhidas. “De início, eu não sabia muito o que esperar, não sentia que minhas perdas mereciam ser ouvidas, pois não perdi ninguém próximo a mim. Eu havia perdido muito também, minha rotina, lazeres, convívio com pessoas que amo, coisas que durante o processo entendi que também eram perdas e precisavam ser acolhidas, pois eram causadoras de sofrimento. Com o ‘Caquinhos’, eu chorei, me emocionei, sorri, amei, conheci muita gente de dentro da Psicologia, que sem o projeto não teria conhecido. Dividi afetos, experiências e percebi que não estou só nessa jornada, e que está tudo bem não estar tudo bem sempre, mesmo sendo quase uma psicóloga e tendo esse mito de que suportamos tudo sem nenhuma dificuldade. Ser ouvida, ouvir, sentir, existir como coletivo, enquanto pessoas com propósitos semelhantes e ao mesmo tempo seres tão singulares. Enfim, este projeto foi uma experiência indescritível, onde alunas e professoras se tornaram uma única força para lidarem com os sofrimentos ocasionados por esse tempo sombrio de pandemia”, disse.</p>

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